Crise de Segurança no Ceará
A violencia no Ceará em 2018
[ Em 27 de dezembro de 2017, José Gonzales Valencia, conhecido por Chepa, operador financeiro do cartel mexicano Jalisco Nova Geração, considerado o mais violento do pais, foi preso em Aquiraz pela Policia Federal e aguarda extradição para os Estados Unidos.]
Em 27 de janeiro de 2018, 14 pessoas foram vitimas de terrorismo no bairro de Cajazeiras em Fortaleza. Criminosos dispararam contra um clube de forro e pessoas que estavam na rua, sem alvo certo, matando clientes e vendedores que se encontravam ali; morreram 8 mulheres e 6 homens Através de um video a facção GDE - Guardiões Do Estado - assume a autoria. Como resposta, um video foi realizado por presos da Casa de Privação Provisória de Liberdade em Itaitinga dizendo que haveria revanche do CV. O CV prometeu exterminar a GDE.
"Segundo apurou o Ceará News 7, o crime aconteceu para vingar a morte de um traficante chamado Damazio, um dos líderes da GDE. Ele foi assassinado pelo Comando Vermelho (CV) no mesmo bairro da chacina. Ao saber que a pessoa que havia ordenado o homicídio de Damazio estava no Forró do Gago — local da chacina –, a cúpula da GDE na favela Pôr do Sol mandou uma equipe dar cabo à vida do membro do CV. Para despistar que o assassinato era em decorrência da guerra de facções, os bandidos mataram inocentes." (http://cearanews7.com/saiba-o-real-motivo-da-chacina-do-bairro-cajazeiras-que-vitimou-14-pessoas/)
Depois do ataque terrorista o secretario de segurança, Andre Costa, declara "não há motivo para pânico, para temor" e "Claro que não há perda de controle. Foi um evento isolado. No mundo todo tem situações assim (...) é dificil evitar." Já o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol), Francisco Lucas de Oliveira declara: "Isso era previsivel. Extremamente previsivel. E a culpa é do governo do Estado que no inicio de sua gestão optou por negar a existência das facções (...) As facções dominaram os presidios, e agora as delegacias tanto na capital como no interior." (http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/segurancapublica/nao-ha-motivo-para-panico-declara-secretario-da-seguranca-publica-apos-maior-chacina-no-ceara/)
No dia 29 de janeiro no presidio em Itapajé, 130 km de Fortaleza, 10 presos foram mortos e 6 ficaram feridos. Conselho Penitenciario acredita que o ataque foi resposta ao CV a chacina do GDE em cajazeira.
Em 18 de fevereiro na Região Metropolitana de Fortaleza, em Aquiraz, proximo da aldeia indigena Jenipapo-Kanidé, foram mortos Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa Paca, membros do PCC que estavam foragidos na Justiça de São Paulo. Testemunhas contam que os disparam foram realizados de helicoptero. Os corpos foram encontrados em uma lagoa em Canidé. No mesmo dia Temer enviou uma força tarefa com 36 homens para o Estado do Ceará
Em 2 de março foi expedida em sentença determinando que no prazo de 180 dias o Estado do Ceara instale os bloqueadores de celular em todas as unidades priosionais.
[em 2016 também houve ataques a torres de telefonia, e foi colocado um carro com explosivos na rua da Assembleia Legislativa do Ceara "depois que os parlamentares aprovaram um projeto de autoria do governo que proibia as operadoras de conceder sinal de radiofrequência nas áreas de unidades prisionais do estado. A lei foi questionada, assim como regras semelhantes de cinco outros estados, no Supremo Tribunal Federal (STF), tendo seus resultados sustados."]
[Valdomiro Barbosa presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistenma Penitenciario do Ceará (Sindaso/CE) "destaca o maior poder dessas facções. Ele diz que desde 2015 o Sindasp tem alertado o governo sobre a presença dos grupos em unidades prisionais. “Mas os dois últimos governadores não cuidaram de estruturar o sistema prisional, pois investiram só em policiamento ostensivo”, critica. Ele cita como exemplos os programas Ronda do Quarteirão e o reforço ao Batalhão de Policiamento de Rondas de Ações Ostensivas e Intensivas (RAIO). Nos presídios, cerne da atuação das facções, segundo o agente penitenciário, o deficit de profissionais desse tipo é de 4 mil pessoas e não houve incrementos nos últimos anos, ao passo que a população carcerária passou de 21 mil presos para 28,5 mil entre 2015 e 2018. Nesse período, o presidente do Sindasp afirma que “todas as grandes unidades prisionais foram separadas por facções, o que favoreceu a organização delas”. Para ele, “o gargalo da crise da segurança pública no estado está no sistema penitenciário”. (http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-03/ataques-no-ceara-podem-estar-associados-bloqueadores-em-presidios)
Em 9 de março outra ação terrorista foi realizada agora em um bairro de classe média de Fortaleza, vizinho a Reitoria da Universidade Federal do Ceara, em tres localidades diferentes na praça da gentilandia, local de encontro de jovens e universitarios, na Vila Demetrio e na rua Joaquim Magalhães esquina com a Major Facundo. Os criminosos atiraram a esmo, 7 pessoas foram mortas, e 4 baleadas encaminhadas ao hospital.
Em 24 e 26 de março diversos ataques foram realizados em Fortaleza: 10 onibus foram queimados, 2 torres de telefonia foram incendiadas, agencias bancarias foram atacadas, predios publicos foram atacados, em Fortaleza a Secretaria Executiva da Regional IV foi incendiada, houve tiroteios contra a Secretaria de Justiça após a policia receber a informação de que se planejava colocar uma granada no local. Em Sobral foram atiradas bombas caseiras a Coordenadoria Integrada d Segurança Publica. Em Cascavel foram incendiados carros que estavam no Departamento Municipal de Transito e de Transporte. Em Fortaleza ainda teve duas queimas de pneus em avenidas na quintino Cunha, e no Vila Velha. (http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/orgaos-publicos-onibus-e-torres-de-telefonia-sao-atacados-no-ceara)
http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/segurancapublica/chacina-das-cajazeiras-deixa-pelo-menos-14-mortos-durante-festa/
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/quem-e-chepa-lider-de-cartel-mexicano-preso-em-fortaleza.ghtml
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